Era uma vez um chato, muito chato. Mas era mesmo um chato. O chato não parava de chatear toda a gente. Saía-se com cada uma que era mesmo só para chatear. Também que chatice, o gajo não era lá muito inteligente. Mas esta não era a opinião do chato.
O chato vivia numa qualquer aldeola onde era muito popular. Popular no sentido de conhecido, claro! Já era um grande chato, mas como até topava umas coisitas, lá ia sendo tolerado. Mas aos alegres aldeões já ia faltando a pachorra para o aturar.
Um belo dia o chato resolveu imigrar. Festa na aldeia| Foguetório, Quim Barreiros, Rute Marlene e David Bisbal. Até a polícia lá foi … festejar, é bom de se ver! Às 7h da manhã foi aprovado, por unanimidade, o feriado local em memória da imigração do chato. Três dias depois esta decisão foi revogada, não fosse o chato decidir comparecer aos festejos anuais.
Voltando ao chato, fez-se à estrada. Ia para a grande cidade tirar um curso. Queria ser doutor. Doutor Chato. Aspirava vir a ser um especialista nos seus primos púbicos. Deve ser aterrador um curso com tanto chato à solta!
Chegado à grande cidade, toca de arranjar abrigo para as orelhas. Era complicado mover-se pelas ruas da cidade. O chato não conseguia compreender a razão de todos os caminhos (ruas) estarem numerados a partir do 1. Pensava (eh! eh! eh! – desabafo do narrador) com os seus botões que seria muito mais fácil todos os caminhos terem números diferentes. Assim se alguém não se lembrasse do nome do caminho onde morava bastava perguntar indicações para, por exemplo, o número 7654098 e facilmente lá chegaria.
Finalmente, arranjou casa. Ficou a morar num pequeno T0, no n.º 25 da Rua do Martírio, 2º andar, traseiras. Era barato, a apenas 30 minutos da faculdade – o chato gostava de andar a pé – e com uma vista espectacular sobre o galinheiro da D. Leopoldina.
Continua, num futuro próximo …
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